Urinalise
A uroscopia é a ciência da diagnose através do exame da urina. A análise de urinas, atualmente denominada urinálise, é o mais antigo de todos os testes laboratóriais.
Foram encontradas indicações detalhadas sobre a interpretação da urina, com base em seus aspectos e características, em placas de cerâmica dos sumérios e babilônicos. As inscrições mais antigas são de, aproximadamente, 4.000 anos a. C.
Em busca das origens dos estudos uroscópicos, vamos encontrar em antigos textos hindus a descrição da urina do diabético, com referências ao seu adocicado sabor e à atração que exercia sobre as formigas. Hipócrates, médico grego (460-377 a C.), foi o primeiro a afirmar que a urina se formava por filtração do sangue nos rins. Durante séculos o exame de urina limitou-se à observação pura e simples de seu aspecto e cor, o que favorecia a ação de charlatões. Na Renascença, período que se caracterizou por um retorno à pesquisa científica, Paracelsus (1493/1544) utilizou recursos da Alquímia, atividade precursora da Química moderna, no estudo da urina.
Os progressos gerais em anatomia e fisiologia, ocorridos nos séculos seguintes, permitiram melhor compreensão das funções dos órgãos humanos e a investigação mais objetiva da composição da urina, associando suas variações químicas a quadros mórbidos específicos.
A invenção do microscópio foi um dado definitivo para a pesquisa dos fluidos humanos. Com esse novo aparelho, os pesquisadores puderam estudar de forma mais completa a urina e documentar as alterações associadas a estados mórbidos. Iniciava-se assim a microscopia médica.
O século XIX registrou o advento da flebotomia, fato que deflagrou o início dos estudos relativos à composição do sangue e à correlação existente entre as alterações dos componentes sanguíneos e as doenças. Nesse período, o exame de urina foi relegado a segundo plano.
Os testes rápidos com tiras surgiram na segunda metade do século XX. As contagens