Urbanização Corporativa

Nome: Flavio Pinho Gonçalves
Problemas da Urbanização Corporativa

Ao longo da História das relações sociais, em uma perspectiva antropológica, vemos o homem não só se adaptar ao espaço geográfico para reproduzir as formas de sua existência, mas também, o vemos com uma imensa capacidade, sempre em evolução, de transformar o espaço geográfico de forma a adapta-lo as suas necessidades e interesses, próprios ou coletivos.
De forma geral, quase sempre obedecendo a uma lógica de subsistência depois econômica, a formação de povoados se dava próximo a rios para facilitar o processo de irrigação para a atividade agrícola. Cidades e metrópoles são erguidas nas costas dos mares para facilitar as navegações e o intercâmbio entre nações e continentes. Vilarejos nasceram margeando as linhas férreas e rodovias que cortam quilômetros de distância ligando pontos distantes. Enfim vê-se o homem interferindo ativamente na paisagem natural, construindo sua própria paisagem social.
Com a transição para o modo de produção capitalista, o espaço geográfico recebe o impacto brutal da ação antrópica orientada para satisfazer os interesses do grande capital. O que se vê no crescimento das cidades é fruto de uma ação perversa e cruel da Empresa Capitalista que em detrimento dos seus grandes lucros, promove uma urbanização caótica que não focaliza jamais as necessidades e interesses sociais, mas sempre os seus próprios interesses através da super exploração da mão de obra assalariada.
No processo de urbanização brasileira, o que se verifica assim como em outros países subdesenvolvidos do circuito econômico inferior é a ação do capital construindo/destruindo os espaços urbanos de acordo com os seus interesses, geralmente externos. O Estado, que era para garantir e defender a igualdade social entre seus cidadãos, na maioria das vezes se coloca à disposição do grande capital para lhe respaldar as ações, através de mecanismos políticos, suportes jurídicos e até mesmo a força