urbanismo

As fundações de novas cidades no Brasil também serviram como referência e incentivo para o empreendimento da construção de Brasília. O avanço das plantações de café para o oeste de São Paulo e para o Paraná incentivou a fundação de novas cidades, organizadas em poucos anos, e por isso, fruto de improvisações, sem preocupações arquitetônicas, com traçados rígidos (tabuleiro de xadrez) e retângulos livres para a localização das praças. Para justificar um empreendimento maior era necessária uma circunstância mais abrangente, como a criação de uma nova capital, ao exemplo de Belo Horizonte e Goiânia.
Considerando a população e as possibilidades econômicas Estado de Minas Gerais na época da formação da República (1889), podemos afirmar que Ouro Preto vinha se descaracterizando como capital. Apesar de ter sido uma cidade próspera na época da mineração, sua localização representava uma dificuldade para adaptação da nova economia, baseada principalmente na agricultura. Dessa maneira, o presidente Afonso Pena votou, em 1893, uma lei que estabelecia o prazo de 4 anos para a mudança da capital de Minas Gerais. Para escolher a melhor localização foram estabelecidos critérios em relação à topografia e a ausência de grandes construções que dificultassem a implantação de um plano racional, entre outros. Nessa época o aspecto monumental já era enfatizado, com o intuito de garantir o devido impacto que justificasse a tal mudança e outorgasse respeito ao Estado.
Foram pré-selecionadas cinco localidades: Curral D'El Rey, Paraúna, Barbacena, Várzea do Marçal e Juiz de Fora. O lugar escolhido deveria abrigar de 150 a 200 mil habitantes e inicialmente 30 mil habitantes. Aarão Reis, convidado por Afonso Pena, organizou a comissão encarregada dos estudos, restringindo a escolha entre Várzea do Marçal e Curral D'El Rey, chamada agora de Belo Horizonte e ficando como opção final, devido ao diferencial de custo. Curral D'El Rey estava localizada no centro da área economicamente mais