urbanismo
Consideram-no um dos maiores prefeitos da todos os tempos. George-Eugène, barão de Haussmann, um homem que viera de Var, do sul da
França, nomeado prefeito do departamento do Sena por Napoleão lll, em 1853, tornou-se o maior modernizador urbano que se conheceu até agora no Ocidente imprimindo seu nome para sempre numa das mais velas cidade do mundo.
Os horrores causados pela insalubridade e pela má vida que se levava então, já haviam sido tema de literatura, tanto de Victor Hugo (Les
Miserables) como de Eugene Sue (Les mystères de Paris), que sistematicamente denunciaram a sordidez da existência dos moradores pobres da capital. Pouco havia mudado da Paris medieval até a metade do século XIX.
Napoleão lll, quando estivera em Londres, se encantara com os avanços que a capital britânica fizera no sentido de liminar os efeitos que as epidemias causavam.
Paris tinha que seguir lhe no exemplo. Foi assim que o barão de Haussmann recebeu carta branca do imperador para travar sua guerra contra o passado e implantar a metrópole iluminista às margens do rio Sena.
A determinação pela reforma
O desejo de Napoleão lll, era fazer da metrópole dos franceses uma nova Roma, tão majestosa como fora outrora a sede dos Césares. Exemplo disto foi Bonaparte ter mandado iniciar o Arco do Triunfo, depois da vitória em Austerlitz, em 1805, que até hoje é um dos símbolos mais famosos da capital.
Dois fatores foram determinantes na ordem de Napoleão lll em dar começos às obras.
Evitar que no futuro um levante revolucionário tivesse sucesso – entre 1827 e 1849, por oito vezes foram levantadas barricadas na cidade, situação que ele tivera que enfrentar em dezembro de 1851, quando ouve reação armada da esquerda e dos operários da cidade contra o desejo dele de continuar à cabeça do poder executivo francês através de um golpe de estado, desta feita não mais como presidente(ele fora diretamente nas eleições da Segunda República, proclamada em 1848),