Urbanismo e sociedade
Texto: Urbanismo e Sociedade: Construindo o Futuro
Autor: PORTAS, Nuno
Referência Bibliográfica:
Machado, Denise B. e Vasconcellos, Eduardo (org.). Cidade e Imaginação. Rio de Janeiro; PROURB.
O presente texto foi elaborado a partir da transcrição de uma conferência realizada pelo autor no Brasil, sendo divido em três partes fundamentais: a ascensão e crise do planejamento modernista, conceitos e projeto urbano. Como introdução é ressaltada a importância de se colocar em discussão algumas questões do projeto urbano pós-moderno, assim como as novas estratégias de políticas urbanas e, como estes vieram a “bombardear” o urbanismo modernista.
Desenvolvimento do texto:
Ascensão e Crise do planejamento modernista
O autor coloca como fundamental para a ascensão e a disseminação do planejamento modernista, sobretudo na Europa no período pós 2a. Guerra, a atuação do Estado-Providência. Neste contexto o Estado-Providência, é denifido como o Estado que detinha todos os recursos necessários tanto para o planejamento quanto para a execução de seus planos urbanos, assim: “o plano estabelecia o que tinha que fazer e o setor público era o executor dominante.” No período modernista “a arquitetura ambicionava ter na mão a chave da visão total da cidade como um projeto”, nesta perspectiva, no projeto de uma cidade moderna julgava-se ter o controle da cidade através de sua forma e da determinação coerente de seus espaços. Porém, a “cidade explodiu, a cidade é assumidamente feita de bocados,... , e o mundo da arquitetura não é mais o mundo de consenso.” Já no “pós Estado-Providência” ou, no planejamento pós-moderno, o Estado deixou de ser o único autor do plano para participar junto com outros agentes da produção do espaço urbano. Ao Estado coube a principalmente a infra-estrutura, como identificado por Portas, quase sempre com atraso nos países menos desenvolvidos. Daí a passagem de um