Urbanismo na Inglaterra Século 20
Durante as revoluções industriais a Inglaterra foi marcada pelo desemprego no campo e pela super população nas grandes cidades. Para se ter uma ideia desse crescimento, vemos que Londres em 1801, tinha 864.845 habitantes; em 1841 1.873.676; em 1891 apresentava 4.232.118 habitantes. Nesse mesmo período o número de cidades com mais de 100.000 habitantes, passa de 2 para 30. Esse crescimento desmesurado leva a uma transformação estrutural das cidades.Isso se traduz na abertura de grandes artérias, na construção de grandes estações ferroviárias, na especialização dos setores urbanos (quarteirões comerciais, bairros operários, bairros industriais, aumento expressivo nas circulações de pessoas e materiais, condições precárias de habitação etc.
É em meio a esse aumento populacional não planejado e a concentração da população em aglomerações a serviço das grandes industrias que surge o urbanismo.
Foi na Inglaterra que a miséria dos guetos (Slums) de trabalhadores sensibilizou e revoltou algumas parcelas da sociedade, fazendo multiplicar, as reações contra o que se denominava: "a cidade monstruosa".
A revolução demográfica e industrial transformou radicalmente a distribuição dos habitantes e as carências dos novos locais de fixação começam a manifestar-se em larga escala, por falta de condições adequadas. As famílias que abandonavam o campo e migravam para os aglomerados industriais ficavam alojadas nos espaços vazios disponíveis dentro dos bairros antigos, ou nas novas construções erguidas na periferia, que depressa se multiplicaram formando bairros novos e extensos em redor das industrias. Além disso os lucros do capital investido nas habitações eram baixos e só podiam ser aumentados reduzindo os custos e baixando o mais possível o nível das construções.
É provável que as condições na cidade era melhores do que as do campo porém as carências higiênicas suportáveis no campo tornam-se insuportáveis na cidade, pela contiguidade e o número enorme das