União ibérica
Este trabalho, ao tratar da União Ibérica, pretende analisar o processo de fusão das coroas peninsulares (Portugal e Espanha), abordando os seguintes aspectos: • A crise dinástica portuguesa; • O processo de unificação das coroas peninsulares; • A administração dos reis espanhóis; • Ruptura do processo de União Ibérica.
Nesse trabalho se traçará o advento do corpo político administrativo durante o processo de União Ibérica, apontando o seu caráter poliárquico e sua organização, bem como, o processo de reforma administrativa promovido pelo governador Olivares na gestão de Filipe IV. Tal reforma ocasionou a centralização do poder político em torno de Castela, à provincianização de Portugal e a ruptura do pacto entre o soberano e a nação estabelecido nas Cortes de Tomar em 1582, fato esse que culminou na insurreição portuguesa de 1640, no qual o trono português foi restaurado nas mãos da família de Bragança.
A crise dinástica.
Em 4 de Agosto de 1578, durante a batalha de Alcáter Quibir, o rei português dom Sebastião desapareceu, e com ele o projeto de difusão da fé católica e o resgate do passado épico português descrito por Camões. Esse evento iniciou uma das mais complicadas crises sucessórias do trono português, tendo em vista que o rei não tinha descendentes.
Como dom Sebastião não possuia herdeiros diretos, o trono português ficou sob a regência de seu tio-avô, o Cardeal D.Henrique. Suas principais preucupações enquanto esteve no poder foram: o resgate de milhares de cativos aprisionados na África e a nomeação de um sucessor legal que pudesse evitar ao pais uma guerra civil.
O quadro de crise política se agravava, pois, com a vacância do trono, vários pretendentes passaram a disputar a coroa de Portugal:
• D. Catarina de Médicis, rainha da França, que se dizia descendente do antigo rei D. João III;
• D. Catarina, Duquesa de