Universitária
Líder nacional de mercado desde 1997, segundo a AC/Nielsen, a Qualy cresceu quatro pontos percentuais em relação a 2005 e virou líder também no Datafolha. Fernanda Oruê, gerente de marketing da Sadia, diz que há cinco anos a equipe se lança no desafio de crescer ao menos dois pontos percentuais a cada edição da pesquisa. "É um indicador muito importante para nós, pois sendo a primeira marca do mercado em vendas e detendo 30% do setor, era questão de tempo alcançar a liderança na pesquisa."
Não foi uma tarefa fácil: até o ano 2000, a margarina Qualy, da Sadia, nem sequer alcançava os dez pontos percentuais no prêmio Folha Top of Mind. Doriana, que era o produto mais lembrado pelos entrevistados desde o início do ranking, chegou a 34% em 1995, o pico de citações. Mas esse panorama mudou.
A meta tornou-se realidade: depois de permanecer na terceira posição por alguns anos, hoje em dia a Qualy conquistou 19% de lembranças -seguida por 18% de Doriana, da Unilever, e por 16% de Primor, da Bunge Alimentos. A Primor, aliás, só não dividiu o primeiro prêmio com as rivais por causa do critério de desempate, o "awareness", em que registra 23% de citações, contra 32% de Doriana e 32% de Qualy.
A margarina Delícia, apesar de ter o segundo maior "market share" do setor, aparece abaixo de sua "irmã" Primor no Datafolha, com 13% de citações.
Em um mercado muito competitivo (98% dos lares brasileiros consomem margarina, segundo a AC/Nielsen), a disputa tende a se manter acirrada pelos próximos anos. Os variados nichos mercadológicos do setor alimentam a briga: versões light, com fibras e com sabores variados conquistam novos perfis de clientes e impulsionam a disputa nas gôndolas.
Qualy adianta que não pretende ficar acomodada no topo da pesquisa. "Desde 1991, quando foi lançada, a marca pretendia ser inovadora e trazer um diferencial. Tanto que até nossos filmes de TV escapavam àquela fórmula de 'família feliz que toma café da manhã unida'", lembra Fernanda Oruê.