UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR
LÍGIA GOMES BEZERRA
A DEFESA DE SÓCRATES
FORTALEZA – CEARÁ
2015
No ano de 399 ou 400 a.C. Sócrates foi levado a júri popular, sendo acusado de conspirar contra o Estado por não acreditar nos deuses por ele impostos e corromper os jovens. Tendo como acusadores Meleto, Anito e Licão. O júri chegou a um veredito final que foi sua condenação e a pena foi sua morte.
Como é notório que não existe nenhuma obra escrita feita pelo próprio Sócrates, só é possível ter conhecimento de suas ideias hoje, graças aos seus discípulos dentre os quais merece destaque Platão.
EXÓRDIO
Sócrates dirige-se aos Atenienses e fala sobre o poder de persuasão de seus acusadores assim como sua capacidade de oralidade que se aplica de maneira formidável. Alerta sobre as mentiras que aqueles proferem e afirma que, quando faz seu discurso, diz a verdade o que não ocorre nas falas de seus acusadores.
É a primeira vez que vai a um tribunal falar, por isso justifica não saber falar como os acusadores: com palavras e verbos aprimorados. Sócrates afirma que um discurso deve pautar em dizer a verdade indiferentemente da maneira como é dita, e completa que é nisso que reside o mérito de um juiz.
DUAS CLASSES DE ACUSADORES
Sócrates fala sobre a falsidade das palavras dos acusadores que conseguem persuadir a toda população e aos juízes e ainda diz que piores são os formadores do povo que os fizeram crescer acreditando em palavras sem veracidade.
Ele apresentará sua defesa e anseia passar aos atenienses a verdade sobre os fatos. Apesar de considerar que dificilmente sua fala consiga mudar a opinião da acusação.
ACUSAÇÕES ANTIGAS
É acusado de pesquisar o que está "sob a terra e nos céus'', de fazer prevalecer a razão mais fraca e de transmitir aos outros o mesmo comportamento. Sócrates alega que não possue esses ensinamentos, e pede ao povo para dizer