A Unificação Alemã No século XIX surge o nacionalismo, que é o sentimento de pertencer a uma nação. Esse “sentimento” foi criado pelos franceses na ocasião da Revolução Francesa e evoluiu deste então. Na Europa do século XIX os nacionalismos não tiveram apenas uma única orientação. Nos grandes impérios, como o austríaco, o russo e o otomano, os movimentos tendiam para o separatismo, porém, nos territórios marcados pela divisão política, mas com tradições culturais e uma história em parte comum, como a região da Alemanha, a ideia de Unificação sobressaiu. A Confederação Germânica (que reunia o Reino da Prússia e o Império Austríaco) era uma entidade política formada por estados alemães e submetida ao controle político da Áustria. Após as revoluções liberais que se alastraram pela Europa, como no caso da Itália, houve uma fracassada tentativa de eliminar o domínio austríaco. Esse fracasso se deu principalmente por causa do alto poderio bélico dos austríacos e da atuação da elite germânica que, ao perceber a participação de operários no processo revolucionário, abandonaram o projeto. Apesar desse fracasso, o projeto de libertar e unificar os estados subordinados aos austríacos não foi abandonado. Com a coroação de Guilherme I para o reino da Prússia, em 1861, Otto von Bismarck, primeiro-ministro, arquitetou a unificação alemã. Ele era representante dos junkers, grandes proprietários de terras que defendiam o uso da força para a construção do Estado Nacional Alemão. Antes de concretizar a hegemonia do reino prussiano sobre os estados germânicos, era preciso eliminar a influência austríaca exercida na região. Para isso, o reino prussiano instituiu a Zollverein, em 1834 (antes de Guilherme I ser coroado), uma tentativa de unificar a economia dos estados germânicos e da Prússia, estabelecendo uma união aduaneira entre as regiões, o que fortaleceu a economia prussiana. Desse modo, a Áustria influenciava politicamente a