Unificação da alemanha
A Alemanha, em meados do século XIX, era formada por uma confederação de principados e Estados com sede na cidade de Frankfurt. A Prússia e a Áustria ocupavam um lugar de destaque na confederação, procurando manter o equilíbrio entre as forças revolucionárias que ameaçavam a aristocracia conservadora (Junkers). Em meados do século XIX, a agricultura era a principal atividade econômica, permanecendo as relações feudais de produção. O poder dos junkers apoiava-se na manutenção do exército mercenário e na aquisição de terras extorquidas aos camponeses. À semelhança do que se registrava em outros países europeus, também entre os germânicos ocorria à concentração de mão de obra nos centros urbanos, procedentes da exclusão rural. O desemprego e as más condições de vida decorrentes desta situação provocaram revoltas. As atividades industriais desenvolvidas nas regiões da Renânia, Westfália, Silésia e Saxônia esbarravam na diversidade alfandegária dos diferentes reinos, emperrando o desenvolvimento capitalista. Para eliminar este problema, fundou-se a Associação Geral para o Comércio e Indústria, e, posteriormente, sob a liderança da Prússia, surgiu a união alfandegária. Através desse acordo, foi criada uma liga aduaneira que aboliu os impostos alfandegários entre os vários Estados germânicos com a exclusão da Áustria. Essa medida promoveu a livre circulação de mercadorias, favorecendo, desta forma, o comércio entre os vários Estados e impulsionando o desenvolvimento industrial. Em termos políticos, diferentes ideologias foram se firmando em projetos distintos: Os grandes industriais desejavam reformas garantidas por uma constituição, a pequena burguesia pretendia a democracia (igualdade de direitos e soberania popular), defendia a federação e não o centralismo unitário, as lideranças urbanas e o operariado partilhavam das ideias socialistas. A Unificação era necessária, porém,muitas guerras ocorriam e isso