Unificação da Alemanha e da Itália - Döpke

Bibliografia: DÖPCKE, Wolfgang. Relações Internacionais - Dois Séculos de História: Entre a Preponderância Europeia e a Emergência Americano-soviética (1815-1947), p. 105-169.
3. Apogeu e colapso do sistema internacional europeu (1871-1918)
3.1. Tendências principais nas relações internacionais
Nova época nas relações internacionais:
I. A Alemanha é unificada em 1871, e, pouco depois, passa por um processo de industrialização. O antigo vácuo de poder no centro da Europa dá lugar a uma potência continental e gera uma reestruturação do sistema europeu de Estados.
II. A Inglaterra, a França e a Rússia superam suas rivalidades e se unem para formar uma aliança defensiva contra a Alemanha devido ao temor pelas ambições alemãs.
III. Tanto a unificação da Itália quanto a da Alemanha produziram a dissolvição de vários pequenos países que até então desempenhavam o papel de Estado-tampão entre as grandes potências, o gera uma subtração das áreas de expansão dentro da Europa.
IV. A remodelagem do concerto de Viena chega ao fim graças às alterações sofridas pela balança de poder. Ocorre a formação de sistemas de alianças, que, anos mais tarde, daria origem à bipolarização do continente em dois blocos de poder, a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e a Tríplice Entente (França, Rússia e Grã-Bretanha).
V. O desenvolvimento do Imperialismo força a entrada no sistema internacional das partes do mundo que ainda estavam fora do mesmo. Completa-se, portanto, a construção da rede global de relações econômicas, estratégicas e políticas dominadas pelas potências europeias.
VI. Tal período marca o fim dos vácuos de poder no mundo e o apogeu da hegemonia global das potências europeias. Ao mesmo tempo, no entanto, algumas limitações ao poder europeu já se tornam perceptíveis. Esses fatores são um esboço do futuro desafio que a hegemonia europeia viria a sofrer:
a) Os Estados Unidos se colocam como a primeira potência industrial do mundo após o fim o fim da