Em meados do século XIX, o território alemão era dividido em vários estados, dos quais os mais “poderosos” eram a Prússia e a Áustria. O projeto de transformar os estados germânicos em apenas um foi liderado pelo primeiro ministro da Prússia, Otto Von Bismarck, que apostava em uma rede ferroviária que ligasse todos os estados e na modernização do exército. Em 1834, a Prússia criou a Zollverien, uma união alfandegária com participação de todos os estados germânicos, exceto a Áustria. Era o primeiro passo para a unificação dos estados, já que agora estavam economicamente ligados. Outro ponto fundamental para a formação do estado alemão foram as guerras encabeçadas por Otto Von Bismarck, que visava “acender” no povo o espírito nacionalista. Em 1864, a Prússia se uniu a Áustria em uma guerra contra a Dinamarca para recuperar territórios perdidos no Congresso de Viena, a chamada “guerra dos ducados”. Derrotada, a Dinamarca cedeu as terras sob as quais a Áustria queria ter plenos poderes, o que desencadeou uma nova guerra dois anos depois, a guerra austro-prussiana. A Prússia venceu e conseguiu a unificação dos estados do norte, criando a Confederação Germânica do Norte. A terceira guerra decisiva para a unificação alemã foi a Franco-Prussiana. Os estados germânicos do sul, enfraquecidos, aliaram-se ao norte para lutar contra a França. Estava formado o Estado Alemão. Ganhando a guerra e conquistando as regiões francesas de Alsácia e Lorena, ricas produtoras de minério de ferro, a Alemanha rapidamente tornou-se uma potência econômica, conseguindo em três décadas a ascensão que a Inglaterra conseguiu em três séculos.