Unificaçao alemã
Com o Congresso de Viena, a região onde é o atual território da Alemanha foi dividida em 38 Estados independentes. Entre todos eles, Áustria e Prússia eram as nações mais poderosas e tinham posições divergentes. Enquanto a Áustria era um país predominantemente agrícola e não via com bons olhos a idéia da unificação alemã, a Prússia acreditava que desta forma era possível proporcionar um grande desenvolvimento à região. Um claro exemplo dessa divergência entre os dois países foi a exclusão da Áustria do “zollverein”, um acordo que eliminava as taxas alfandegárias, assinado entre a Prússia e todos os outros Estados alemães. Em 1862, o rei da Prússia nomeou Otto Von Bismark como primeiro-ministro, o que foi fundamental para a unificação alemã. Após isso, Bismarck entrou em conflito com a Áustria e, durante a Guerra das Sete Semanas, conseguiu dar um importante passo para a unificação com a criação da Confederação Alemã do Norte. Com isso, a Prússia passou a deter maior influência política entre os estados germânicos, isolando a Áustria. Com a deflagração de um desgaste político entre a França e a Prússia, o governo de Bismarck tinha em mãos a última manobra que consolidou o triunfo unificador. Com a vitória na Guerra Franco-Prussiana, em 1870, a Prússia conseguiu unificar a Alemanha. O rei Guilherme I foi coroado como imperador da Alemanha e considerado o líder máximo do II Reich Alemão. Conquistando na mesma guerra as regiões da Alsácia e da Lorena, ricas produtoras de minério, o império alemão viveu a rápida ascensão de sua economia. O processo de unificação da Alemanha, junto com o italiano, simbolizou um período de acirramento das disputas entre as economias européias. A partir do estabelecimento dessas novas potências econômicas, observamos uma tensão política gerada pelas disputas imperialistas responsáveis pela montagem do delicado cenário preparatório da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.
Otto von