Unificação alemã
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Depois da queda de Napoleão, o processo de reorganização das monarquias européias deu origem à formação da Confederação Alemã. Tal confederação consistia em uma região formada por mais de 30 Estados independentes comprometidos a defenderem a soberania das monarquias dos estados participantes. Dentro desse aglomerado de monarquias, Áustria e Prússia sobressaiam-se enquanto as mais influentes nações da Confederação.
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Por um lado, os austríacos tinham seu desenvolvimento econômico sustentado pelo seu forte setor agrícola. De outro, a Prússia via no processo de unificação política dos estados confederados um importante passo para o desenvolvimento econômico daquela região. Na década de 1830, a elite prussiana criou uma política de livre circulação de mercadorias na região, que excluía diretamente as negociações com a Áustria. Conhecido como Zollverein, o acordo causou um impacto negativo na economia austríaca ao abolir as taxas alfandegárias das monarquias envolvidas.
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Ao ser nomeado como primeiro-ministro pelo rei Guilherme I, o prussiano Otto Von Bismarck aliou-se à burguesia industrial e os grandes proprietários rurais, além de investir em estratégias militares para enfrentar os confrontos que estariam por vir.
Para conseguir a unificação da Alemanha sob a autoridade do rei da Prússia, Bismarck aproveitou-se das rivalidades existentes entre as grandes potências da Europa na época: a Inglaterra, a Áustria e a Rússia. Em 1864. aliou-se à Áustria numa guerra contra os ducados dinamarqueses que dominavam Holstein e Schleswig. no norte da Alemanha. Schleswig passou para o domínio da Prússia e Holstein ficou com a Áustria.
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No ano de 1866, Bismarck entrou em conflito com a Áustria e, durante a Guerra das Sete Semanas, conseguiu dar um importante passo para a unificação com a criação da Confederação Alemã do Norte. Sem forte apoio internacional, os austríacos acabaram derrotados, principalmente com a intervenção da Itália a favor dos