Uma tentativa de caracterização das dificuldades enfrentadas pelo psicólogo no processo de avaliação psicológica de pais em disputa de guarda no estado de São Paulo
1 Introdução
Dentre os vários fatores que nos permeiam a Psicologia jurídica, na atualidade vem originando muitas discussões em torno de questões diversas e segundo França (2004) esta se caracteriza como uma especialidade da ciência psicológica, que esta nos mais variados segmentos do entendimento legal, sejam, criminal, penal, trabalhista... É evidente na relação entre direito e psicologia a crescente demanda destes por validações psicológicas no âmbito da disputa de guarda e isso esta diretamente ligado a critérios empíricos e precisos por parte dos psicólogos.
Segundo Mello e Oliver (1998), a saúde mental e o bem-estar são questões ligadas diretamente à psicologia, mas que também, em algumas situações, estão relacionados à aplicação da lei e imposições feitas pelo Poder Judiciário a fim de resolver conflitos sociais das mais variadas esferas, aqui consideramos a disputa de guarda em casos de divorcio.
Segundo dados do IBGE (2011), O número de divórcios no Brasil chegou a 351.153 em 2011, um crescimento de 45,6% em relação a 2010 (241.122), também houve um crescimento da guarda compartilhada dos filhos menores entre os cônjuges (5,4%), mais que o dobro do verificado em 2001 (2,7%), embora ainda continue a preeminência da responsabilidade feminina (87,6%). O compartilhamento da guarda foi mais frequente no Pará (8,9%) e no Distrito Federal (8,3%) e registrou os menores percentuais em Sergipe (2,4%) e no Rio de Janeiro (2,8%).
A preponderância das mulheres na guarda dos filhos menores foi observada em todos os estados, sendo maior na Bahia (94,4%) e menor em Roraima (74,3%). Já a guarda compartilhada foi mais frequente no Pará (8,9%) e no Distrito Federal (8,3%). A guarda dos filhos pelos homens variou de 2,2% em Sergipe a 10,6% no Amazonas.
Bandeira e Lago (2008) a separação ou divórcio