uma prova de amor
Será pertinente demonstrar que houve, por parte da mãe de Anna, violação aos direitos fundamentais, ao princípio do interesse do menor, ao princípio da autonomia de vontade, tendo em vista que se trata de direito personalíssimo, devendo, Anna e Kete, serem escutadas pelos pais antes dos procedimentos hospitalares, as quais, já não suportavam tamanha dor e sofrimento.
Desse modo, houve, também, omissão por parte do pai de Anna, que a tudo acompanhou e nada fez, aceitando tudo pacificamente.
A senhora Sara advogada, que com o seu amor incontinenti, não conseguiu enxergar o sofrimento do esposo e dos demais filhos, em especial, da menor Anna, que foi concebida via In vitro, com o único sentido, servir de instrumento nas mãos da sua genitora para salvar a irmã mais velha da morte.
Verifica-se, claramente, que houve no caso acima narrado, um grande conflito de interesses, pois que, Anna quer ser feliz, quer poder jogar bola, dançar, brincar, ser uma criança normal. Anna quer, principalmente, ser considerada, e poder decidir o que fazer com o seu corpo.
Desse modo, num pacto de amor, Anna e Kete, resolvem não mais aceitar realizar os procedimentos hospitalares, deixando o destino de Kete se concretizar.
Anna, ousadamente, firme e determinada, impetra uma Ação de Emancipação Médica junto ao Poder Judiciário de Los Angeles, com apenas 11 (onze) anos de idade, afrontando a lei do seu país, que só poderia entrar com referida ação aos quatorze anos de idade. Porém, a juíza da Suprema Corte de Los Angeles, observou tudo com o devido cuidado, decidindo oficialmente pela Emancipação de Anna, deixando claro que apesar da dor e do sofrimento dos pais, existem restrições no poder familiar e que deve prevalecer, sempre que possível, o princípio do