Uma prova de amor
Doença: do latim “dolentia”, padecimento, designa em medicina e outras ciências da saúde um distúrbio das funções de um órgão, da psiqué ou do organismo como um todo que está associado a sintomas específicos. Pode ser causada por fatores externos, como outros organismos (infecção), ou por desfunções ou mal funções internas.
Partindo desse pressuposto e relacionando o texto o imaginário e o adoecer com o filme “Uma Prova de Amor” a doença é algo que transcede o arcabouço orgânico, os aspectos que transcedem o paciente não devem de maneira alguma ignorados, é possível a percepção de uma experiência vivenciada pela personagem Kate irmã mais velha da família, aos quatro anos de idade desenvolve um tipo raro de Leucemia e ninguém da família é compatível com ela, sendo assim os pais na esperança de salvar Kate resolvem ter outra filha Anna, que desde o momento que nasceu doa partes do seu corpo para ajudar a salvar a irmã, a partir de então toda a família tem suas vidas modificadas em função de Kate.
O sentido da palavra doença na maioria das vezes é associado a sofrimento, angústia, dor, perda de capacidades, enfim uma série de sentimentos e comportamentos que deixa um indivíduo e/ou uma família, muitas vezes sem referencial de apoio, e no caso de Kate a sua mãe vive um luto da perda da saúde da família que dura anos, ou seja, no imaginário dessa mãe vive uma adolescente saudável e que nunca irá partir, então segundo Merleau-Ponty ela traz consigo junto com o diagnóstico de câncer da filha aspectos mitificados que acabam se tornando realidade, sendo assim o câncer em si acaba se tornando mais terrível pela sua configuração na construção desse imaginário. Então a partir desse contexto ela trata Kate sempre como doente, sempre enfatizando isso para família, cuida dela como um cristal precioso que a qualquer momento pode quebrar e não aceita outra realidade se não essa, o processo de internalização da doença é falho, bem como