Uma possível compreensão de “a linguagem é a casa do ser.” de heidegger
Pretendo, ao dissertar, aclarar uma possível compreensão sobre uma idéia lançada em “Carta Sobre o Humanismo” (HEIDEGGER, 2005): “A linguagem é a casa do ser” Aparentemente enigmática ou metafórica essa frase deve ser entendida tendo-se por horizonte o universo do homem que a proferiu:
Martin Heidegger.
Situando-me nesse caminho, a palavra “compreensão” é a única que pode ser adequadamente empregada para aclarar o objetivo deste texto.
Compreensão não deve ser entendida como sinônimo de entendimento, sobretudo se com “entendimento” ambiciona-se um entendimento “correto” ou
“verdadeiro”. Para Heidegger, desde sempre estamos “presos-com” um mundo que a nós se desvela e do qual somos parte; Desde sempre temos uma compreensão, ou uma “pré-compreensão”- compreensão não tematizada acerca do ser (das coisas e nosso). Assim, toda compreensão é sempre uma compreensão possível que se dá em um horizonte de sentido, em um mundo.
(RODRIGUES, 2006)
O estudo que se segue consiste na análise dos fragmentos – ser, habitação/habitar e linguagem - da afirmação a partir de escritos heideggerianos.
Separadas, as palavras deixam de ter a especificidade que ganham na articulação “A linguagem é a casa do ser.”, mas eu não pude pensar esse trabalho de outra forma. Pretendo dividi-lo em tópicos onde serão apresentadas cada uma das idéias e, por último uma conclusão arranjando possíveis significações ao todo original. Tentei antes encaixar as idéias em um texto contínuo, mas fracassei. Cada um dos conceitos a serem estudados ligava-se de tantas formas possíveis aos outros dois e envolvendo sempre novos termos de modo que foi impossível continuar. A forma escolhida pretende-se
“compreensível” e coerente com a “essência” do texto: um trabalho de fim de semestre através do qual o professor possa avaliar a compreensão do aluno dos conteúdos apresentados.
Ser: A questão que motiva o inacabado Ser e Tempo e