Uma nova história
Em todas as épocas da história da humanidade pode-se observar o preconceito racial e social, e também a predominância do valor do capital em detrimento da solidariedade. Os livros de história revelam alguns períodos tristes – senão vergonhosos – da trajetória humana, onde era comum tratar seres humanos como animais por causa da cor da sua pele. Eram tempos de escravidão. No Brasil, a abolição da escravatura se deu em 1888 e mesmo após esse feito, os negros não foram tratados com igualdade, embora, a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 5º diga que “todos são iguais perante a lei, sem distinção...”. Palavras bonitas, letras mortas. As estatísticas de órgãos oficiais corroboram o que se vê na realidade: Os negros são discriminados. Seja na educação, no emprego, no salário, os números são sempre desfavoráveis para eles. Quando se trata de gênero, a mulher é sem dúvida discriminada em relação ao homem. Se for mulher e negra, agrava mais ainda sua situação. Ainda há na sociedade, mesmo que não seja unânime, o pensamento de que a mulher é um ser inferior. Cargos inferiores e salário mais baixo na mesma função são formas discriminatórias com o sexo feminino. Contudo, houve um grande avanço na posição da mulher no que se refere a direitos individuais e também na qualificação profissional. Dentro de um contexto social profundamente desigual e injusto, negros, mulheres e pobres são tratados como peças. É o capitalismo. E neste sistema, onde o que impera é o consumismo, dá a impressão que as classes desfavorecidas são “consumidas” pelos que detém o capital. Sobram apenas restos, migalhas e a indignidade humana para uma maioria de subempregados, subnutridos, subdesenvolvidos. A solidariedade e a compaixão andam esquecidas. Há que se repensar os valores existentes na sociedade atual. Não basta somente lutar contra o preconceito e a