Uma Nota Sobre o Inconsciente na Psicanálise

RESENHA
“Uma Nota Sobre o Inconsciente na Psicanálise” de S. Freud (1912)

“Uma nota sobre o inconsciente na Psicanálise” trata-se de um artigo escrito por Sigmund Freud a convite da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres, publicado em 1912. Como o título já diz, o artigo trata basicamente do inconsciente e elementos e fenômenos psíquicos relacionados a ele. S. Freud começa o artigo definindo o ‘inconsciente’ como uma concepção ou elemento psíquico presente em nossa mente, porém latente na consciência; e o ‘consciente’ como a concepção que está presente na consciência e da qual nos damos conta. Assim, uma concepção inconsciente, seria aquela da qual não estamos cientes, mas cuja existência estamos prontos a admitir, devido a outras provas e sinais. Pessoalmente, vejo os argumentos de Freud bem embasados quando o mesmo descreve o experimento da ‘sugestão pós hipnótica’ de Bernheim, e sua consequente lição de que o consciente e o inconsciente são concepções distintas. Fica muito claro que a ordem do médico foi ativa e inconsciente ao mesmo tempo. Da mesma forma, a teoria dos fenômenos histéricos mostra essas ideias, ativas, porém inconscientes, que governam a mente histérica. Estas, seriam segundo Freud, o fato essencial na psicologia, de todas as outras formas de neurose. Portanto, fica plausível concordar que uma ideia latente ou inconsciente não seria necessariamente uma ideia fraca. A partir daí, o autor diferencia as ideias inconscientes – as ideias latentes dinâmicas que não penetram a consciência, das ideias pré-conscientes - que a penetram. Assim, Freud pontua embasadamente, que a divisão (ou deslocamento) da consciência não seria mera imaginação fantasiosa. Mais adiante, o autor coloca uma outra objeção, de que aplicamos à psicologia normal, conclusões tiradas de casos de pacientes patológicos, enquanto certas deficiências de função muito frequentes ocorreriam entre pessoas sadias, como por exemplo o lapsus