Uma mente brilhante
Discente: Cátia
Évora, Junho de 2012
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Em que medida é que a perceção e a atenção se relacionam? Uma das principais actividades da mente é pensar. Pensar é construir e manipular imagens. É representar simbolicamente o mundo. Estas imagens formam-se em consequência das relações que cada um de nós estabelece com os ambientes físicos, sociais e culturais envolventes. As representações que temos na nossa mente são, portanto, construções que resultam de processos de interacção e de auto-organização. Vários processos estão subjacentes às representações e construções que fazemos do mundo. Para processar informação necessitamos de apreender o mundo circundante ou seja ligar o mundo físico ao mundo psicológico. E para isto os psicólogos dividem a forma como nos apercebemos do mundo em dois processos distintos: sensação e percepção. O estudo da sensação diz respeito ao modo como os estímulos externos são captados pelos nossos órgãos sensoriais e também aos mecanismos internos que permitem que essa informação seja transmitida até ao cérebro. Os estímulos sensoriais constituem a matéria a partir da qual o mundo do nosso conhecimento será construído (Gleitman, 1998). A sensação é um processo psicofisiológico de ligação do organismo com o meio, através dos órgãos sensoriais, e consiste na transmissão de um influxo nervoso desde o órgão sensorial até aos centros de decodificação. Realiza-se pela acção de um estímulo específico sobre um receptor que é apropriado para o receber. Assim, por exemplo, os olhos recebem estímulos luminosos, os ouvidos estímulos sonoros, etc. A sensação não é um fenómeno isolado ou separado de um contexto específico, insere-se no fenómeno mais vasto da percepção. A sensação é a simples recepção de estímulos enquanto a percepção é a organização da informação sensorial em todos significativos. A percepção depende das informações fornecidas pelas estruturas sensoriais, são os órgãos dos sentidos