Uma maneira alternativa para fabricação de vidros
Uma Maneira Alternativa para Fabricação de Vidros
ARTUR HENRIQUE DE FREITAS AVELAR
Belo Horizonte, 2012
1 – INTRODUÇÃO A ciência nasceu da curiosidade de se entender a verdade dos acontecimentos do mundo e da realidade. A engenharia nasceu da necessidade de se utilizar essa ciência para criar novos aparatos para se modelar a realidade e a vida. Foi a partir dessas definições primárias que surgiu a ideia deste seminário. Uma criação simples e bela da humanidade foi a criação da técnica de se fazer vidros. Os egípicios e fenícios disputam o título de primeiro povo que conhecia a fabricação do vidro, dando a este objeto uma idade de mais de 4000 anos. A técnica de fabricação foi se aprimorando ao longo do tempo e, o que começou com a criação de contas de ornamentação, virou desde jarros a janelas aos mais diversificados tipos de arte. Vidreiros sempre utilizaram um forno e sua matéria prima, a areia. Existem diversas misturas da areia para se fabricar vidro com diferentes propriedades, podendose assim alterar sua dureza, ponto de fusão, cor, entre outros. A ideia por trás deste trabalho surgiu a partir de uma conversa entre amigos em que se pensou sobre as diferentes formas de se criar uma fonte de calor forte e simples o suficiente para se atingir o ponto de fusão da areia e criar vidro. Obviamente um forno de cozinha ou uma simples fogueira não são suficientes para se alcançar temperaturas acima de 1000 ºC. Entretanto, uma forma de energia incrível e que é ao mesmo tempo admirada e temida é o raio. A descarga elétrica vinda de nuvens é um fenômeno que já foi visto como sinais de deuses e que hoje, embora vista como uma fonte de enorme energia, não há nenhum método capaz de armazená-la de forma eficiente e que possa ser utilizada. Os principais problemas são a impraticabilidade de interceptar um número significativo de raios e a maior parte de sua energia é perdida em