uma investigação adiada
Maria do Rosário Contente Monteiro
Trabalho realizado para dar cumprimento ao disposto no Artigo 3.º da Portaria nº 926/2010, de 20 de Setembro.
Índice
1. Introdução
Muitas das recomendações prescritas pela comunidade de educadores matemáticos, relativas à resolução de problemas, foram já incorporadas nos currículos oficiais portugueses. De facto, os programas portugueses, actualmente em vigor, destacam não só a importância da resolução de problemas, sublinhando a ligação da Matemática a situações da realidade, como também a importância do papel do aluno na sua própria aprendizagem, dando, ainda, indicações referentes a um processo de ensino em que a observação e a experimentação deverão desempenhar um papel de destaque (DES, 2002).
Enquanto professora de Matemática, sempre considerei que a resolução de problemas é a competência matemática a privilegiar e, ao longo da minha carreira profissional, uma das minhas preocupações tem sido compreender como é que os alunos aprendem a resolver problemas. Quando, nas aulas de Aprendizagens em Matemática do Curso de Formação Avançada do Programa Doutoral, analisei alguns textos que abordavam a aprendizagem situada, questionei-me sobre a viabilidade de investigar que tipo de práticas oferecem contextos, nos quais têm lugar aprendizagem no âmbito da resolução de problemas, mais concretamente, de averiguar algumas das condições que permitissem o desenvolvimento de Comunidades de Prática locais, naquele âmbito.
2. Problema
Nos diferentes estudos sobre a resolução de problemas, o tema é analisado de diferentes formas e essa análise está sobretudo dependente do quadro teórico de referência que o investigador adopta. No entanto, o número de variáveis, presentes nessas pesquisas, é muito grande, o que implica que, num determinado estudo, existam umas mais evidentes do que outras. Porém, de acordo