Uma História Social da Midia
De Gutenberg à internet
BRIGGS, Asa, PETER, Burke. Uma História Social da Mídia: de Gutenberg à Internet. Tradução de Maria Carmelita Pádua Dias; Revisão de Paulo Vaz. Zahar, Ed.
Apesar de muitos imaginarem que foi Gutemberg que inventou a imprensa, no século VIII, no Japão e na China, já existia a impressão. O modelo usado era o da “impressão em bloco”, que era um bloco de madeira, com ideogramas, que servia como matriz. A prática dos tipos móveis surge em 1450, com Gutemberg, que imprime a Bíblia. Apesar da invenção ser muito apreciada na Europa, no mundo muçulmano a prática era proibida, resistindo até a era moderna. Imaginava-se, que era pecado imprimir livros religiosos. O radicalismo era tanto, que em 1515, o sultão Selim I, de Istambul, fez um decreto que punia com pena de morte a prática da impressão.
O mundo moderno e as descobertas, deram a concepção do “progresso da mente humana”, e a criação do trio imprensa-pólvora-bússola, afirmou esta ideia. A prensa, na Idade Média e Renascimento, deu conceitos de que tudo que fosse escrito ficaria para sempre e nada seria perdido. Com os Correios, a noção da comunicação física se torna mais evidente. Um mensageiro, percorria cerca de 200 quilômetros, por dia, entregando correspondências. A comunicação via água, aumentou fluxo e quantidade de cartas, livros e pessoas que circulavam na Europa e na América.
A importância da comunicação oral, muito realizada nos púlpitos das igrejas, o ensino acadêmico, o canto, teatro, boatos e invenções que faziam parte de uma determinada cultura oral. Para o aprendizado da leitura, a comunicação, imprensa e escrita, foram importantes. Na Suécia Luterana, a catequese media grau e conhecimento das pessoas sobre leitura.
Numa nova sociedade, onde o conhecimento estava se expandindo, educando, criando novos conceitos e ideias, surge a opressora da Igreja Católica, que cria a censura, publicando, em 1564, o “Index de Livros Proibidos”. Entre