Resenha Uma história Social da Mídia
Poucas obras propõem abordar a mídia sob uma análise social. Os britânicos Asa Briggs e Peter Burke, contudo, encaram o desafio, e em parceria escreveram Uma História Sociaal da Mídia, obra lançada no Brasil pela Jorge Zahar Editor e descreve a história da mídia em 371 páginas.
A riqueza de detalhes da obra chama atenção do princípio ao fim. Nada parece ser esquecido. Nomes, autores, inventores, lugares e países são descritos de forma suquencial e intrigante. A linguagem embora culta, consegue atrair o leitor comum, servindo de base para qualquer pesquisador do campo midiático. Outro fator que dignifica a obra são as ilustrações muito bem selecionadas, que em alguns aspectos conseguem traduzir todo o capítulo abordado visto o poder semiótico que ela traduz.
O livro consegue mostrar que a revolução industrial até o presente momento, antes de tudo, foi uma revolução na comunicação. Esta é trabalhada logo no início do livro. Começa citando a dificuldade que a Espanha possuía em se relacionar com o mundo, mais precisamente com as colônias a ela pertencente. Na época a comunicação terrestre era mais rápida que a marítima, entretanto, esta última, era sempre indispensável, visto que a comunicação teve as suas raízes ligadas aos transportes. Os autores conseguem mostrar que a evolução no campo da comunicação esteve atrelada ao sistema de transporte utilizado pela época. Também é trabalhada de forma peculiar a importância da oralidade, em cultura em que a escrita e a leitura ainda era privilégio de poucos.
A interação, que hoje é amplamente discutida nos meios digitais, já era empregada conforme demonstra os autores no início da história da mídia. Ela se dava entre a forma oral, praticada nos púlpitos e nos cantos, e na forma escrita. Os infográficos também eram utilizados desde aquela época.
Outro ponto que o livro chama atenção é a valorização que ele atribui à censura. Graças a ela, que a leitura foi estimulada na Europa,