cidadania
A história da cidadania no Brasil é praticamente inseparável da história das lutas pelos direitos fundamentais da pessoa: lutas marcadas por massacres, violência, exclusão e outras variáveis que caracterizam o Brasil desde os tempos da colonização. Há um longo caminho ainda a percorrer: a questão indígena, a questão agrária, posse e uso da terra, concentração da renda nacional, desigualdades e exclusão social, desemprego, miséria, analfabetismo, etc.
Compreende-se que a cidadania está em permanente construção; é uma conquista da humanidade, através daqueles que sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente porque cidadania plena, cuja conquista, ainda que tardia, não será bloqueada.
Avanços sócio-políticos marcaram a segunda metade do século XX, como o processo de transição democrática, a volta de eleições diretas, etc. Mas há muito que ser feito. E não se pode esperar que ninguém o faça senão os próprios brasileiros. A começar pela correção da visão míope e desvirtuada que se tem em relação a conceitos, valores, concepções.
Os conceitos de cidadania se relacionam a atitudes que desempenham um papel fundamental também na construção do conhecimento e do exercício da cidadania. O cidadão estabelece a relação dialógica entre teoria e prática, pois a ação-reflexão-ação contribui para o desenvolvimento das habilidades de pensamento e para a construção de conceitos, sendo de grande relevância o conhecimento da relação do aluno com o outro, construindo conceitos coletivos. É através da prática ativa e da interação entre a realidade e a consciência de cidadania que nasce o conceito da mesma.
A escola como um dos lugares públicos da cidade, pode ajudar na construção