Uma história social da midia
“David Lances, um respeitado historiador norte-americano estudioso do longo processo de industrialização, se concentrou na "substituição das habilidades humanas pelos aparelhos mecânicos", na substituição da "força humana e animal pela energia inanimada" e "em uma marcante melhoria na obtenção e manipulação da matéria-prima". No entanto, não havia nada definitivo na associação desses desenvolvimentos com o vapor, como reconheceram as pessoas da época. Em lugar disso, havia começado um contínuo processo de industrialização, durante o qual se adquiriram mais habilidades humanas, desenvolveram-se formas novas de energia inanimada — inclusive, depois da energia elétrica, solar e nuclear — e inventaram-se materiais substitutos graças ao avanço da química e, no século XX, da ciência dos materiais.” (página 112)
“Sociedade para o Fomento de Artes, Manufaturas e Comércio, fundada em 1754, que dividiu as invenções em categorias, colocando aquelas ligadas ao transporte em posição proeminente. ‘Navegação interna’, ‘longitude no mar’, ‘rodas, carruagens e estradas’ já figuravam nas listas em 1760. No século XIX, a Sociedade para a Difusão do Conhecimento Útil, fundada em 1827, foi apelidada de ‘Sociedade do Intelecto a Vapor’.” (página 113)
“A forma mais prática de transporte a interessar os membros da sociedade não era o tráfego rodoviário ou a locomoção a vapor, mas o transporte pelos canais, que, por sua disposição, já estava transformando a vida econômica dos interioranos.” (página 114)
“José Wedgwood (1730-95), que tinha particular interesse no assunto, contribuiu bastante para a fase dos canais na história do transporte. A primeira delas teve seu apogeu na Grã-Bretanha, em 1790-3, quando o capital barato trouxe um