Uma história do negro do Brasil
A solução encontrada pelos europeus para realizar a exploração do Novo Mundo foi usar o trabalho forçado, a escravidão foi à melhor medida encontrada por eles. A escravidão inicialmente foi dos povos nativos da América, muitos dos indígenas foram escravizados, mas ao contrario do que acontecia no Continente Africano nenhuma tribo indígena aceitou fornecer nativos para serem escravizados. A população nativa sofreu muito, assim como escravos negros, foram vitimas das doenças desconhecidas por eles, mas foram muito resistentes a escravidão muitos fugiam ou praticavam o suicídio. Por estes e outros motivos por volta do século XVI, a mão-de-obra indígena passou a ser substituída pela africana.
Os números são um dos fatos mais chocantes nessa história, 11 milhões de negros traficados (onde neste número não estão inclusos os que não resistiram, a viagem e maus tratos) e deste número cerca de 4 milhões vieram pras terras brasileiras. O trafico negreiro foi considerada a atividade marítima mais lucrativa, as viagens eram feitas inicialmente de Portugal para o Brasil, e até a sua proibição gerou muitos lucros.
Os negros eram literalmente arrancados de sua terra natal, família e amigos, a captura era feita por pelos próprios africanos que os trocavam no litoral por qualquer mercadoria. Quando capturados não era respeitado laços sanguíneos, tribo, língua ou se eram de uma mesma etnia, muito pelo contrario era preferível desfazer esses grupos para que assim fosse cada vez mais difícil qualquer formação de motim ou fugas. Alguns sucumbiam no próprio continente africano não suportava a longa caminhada desde a captura até os portos no litoral.
No século XVI, os escravos vinham da região da Senegâmbia (Guiné), os manjacas, balantas, bijagos, mandigas, jalofos, entre outros. Mas no século XVIII, passaram a vir em sua maioria de Angola, para o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul vinham de Malauí, eram conhecidos como