Uma crise clássica de super produção - resumo

Uma Crise Clássica de Superprodução
A recessão que tomou conta de diversos países capitalistas no mundo na década de 70 foi mais uma crise clássica de superprodução. Um dos principais acontecimentos que contribuíram para o fortalecimento dela foi a “choque do petróleo” seguida da queda da taxa media de lucros dos capitalistas.
Em 1974/75, logo após a guerra do Yom Kippur (1973) as taxas de lucro começaram a decrescer dando inicio ao período de recessão e a deflagração da crise do petróleo, tal crise se instalou logo que os países árabes integrantes da OPEP ( Organização dos Países Exportadores de Petróleo) se negaram a vender petróleo aos países que apoiavam o governo Israelense. O declínio da taxa média de lucros mostrada por Ernest Mandel em seu livro “A crise do capital e sua interpretação Marxista” tratado neste trabalho fundamenta os motivos dessa recessão generalizada que com o choque do petróleo e outros acontecimentos causou a desordem no sistema econômico da época.
Mandel nos mostra através de várias tabelas e dados econômicos e estatísticos que a taxa de lucro já vinha mostrando as flutuações do capitalismo, pois mesmo em um período pós guerra aonde os países imperialistas vinham produzindo bem, a taxa de lucro tinha muita variação nos anos que antecederam a crise. E pode se perceber que só foi possível manter essa taxa de lucro em uma média boa quando os lucros com a produção ultrapassavam a composição orgânica do capital e o aumento real dos salários, dependendo então do aumento da mais valia. Nesta época com o quase “pleno emprego” e um cenário econômico bom, as pressões dos sindicatos trabalhistas e dos movimentos operários impediam o aumento da taxa de mais valia e a exploração do capitalista sobre o proletariado. Sendo assim podemos pensar essa crise como sendo resultado da luta de classes em torno da mais valia.
As iniciativas governamentais para acabar com a crise e retornar a super acumulação de capital foram baseadas nas teses