Uma Atenas na Selva
Disciplina:Brasil Republica
Uma Atenas na Selva
Nem só de jacarés, cobras e chuvas ao final da tarde viveu a capital do Amazonas. Manaus cresceu com um desejo coletivo pela prosperidade que a imensa riqueza da extração da borracha permitia. O período da borracha liga-se diretamente a instalação da província do Amazonas, em 1852, arrecadando para os cofres públicos, através da exportação, o dinheiro necessário para atender às demandas, que se tornariam cada vez maiores.
Em Manaus, a luz elétrica das casas, nas ruas e nos bondes chegou mais cedo do que em muitas capitais européias, antes do fim do seculo XIX, assim como a água potável, o sistema de esgotos e o tratamento sanitário que combatia eficazmente as epidemias.
Inspirado no que fora feito em Paris décadas antes, um novo planejamento urbano era posto em pratica na cidade: ruas de traçado paralelo e perpendicular, onde havia morros, a terra foi rebaixada, onde havia igarapés, fez-se uma ponte. E m uma dessas largas avenidas foi inaugurado no dia 31/12/96 o Teatro Amazonas.
Ir ao teatro era necessidade para as pessoas, antes do Teatro Amazonas, haviam outros teatros frequentados todas as noites por quase todo tipo de gente, pois o ingresso era barato.
Os trabalhadores urbanos incluíam nas suas diversões a ida aos teatros, jogos de apostas, passeios na praça mais próxima.
Éden Theatro foi o primeiro do seu gênero a ter luz elétrica (1888) e a receber a opera em Manaus, em dezembro de 1890.
Muitos solistas de canto que vieram a Manaus já tinham passagem por vários teatros europeus e americanos, como Scala de Milão, Liceo de Barcelona e Metropolitan de Nova Iorque.
Os empresários e maestros Joaquim Franco e Juca Carvalho que viviam entre Manaus e Belém, estavam sempre atentos a valores artísticos emergentes. Ambos trouxeram ao Brasil alguns dos mais importantes nomes da ópera àqueles dias, como as sopranos Adele Bianchi Montaldo, Líbia Drog, Amália Conti Foroni e Maria Peri e o maestro Giorgio