uma análise sobre o mito da caverna

O mito da caverna, escrito pelo filósofo Platão, é uma metáfora que retrata o estado de ilusão mundana, ou ignorância, em que a maioria das pessoas se encontra. Aqueles que tentam trazer os ignorantes à luz da verdade são na maioria das vezes vistos como loucos. Esse mito perdurou através dos séculos e ainda hoje, na Era da informação digital e instantânea, ainda é uma realidade. José Saramago escreveu um artigo sobre o mito da caverna, no qual ele compara as pessoas que estão acorrentadas no interior da caverna, vendo apenas as sombras dos objetos e das pessoas projetadas nas paredes internas, com expectadores em massa das emissoras de televisão. Essas emissoras tem o poder de manipular as opiniões públicas, omitem fatos que não fazem parte de seus interesses e distraem as pessoas com seus entretenimentos.
Devemos lembrar que antes da televisão havia o rádio, uma mídia que vem enfraquecendo consideravelmente desde o surgimento da televisão, no entanto o poder de manipulação do rádio era tão poderoso quanto ao da TV. Não é por acaso que as mídias veiculadoras de notícias são consideradas o quarto poder. Para exemplificar o poder que o rádio tinha sobre as pessoas vale citar sobre o episódio fatídico que envolve o livro de ficção científica “A Guerra dos Mundos”, escrito em 1898 pelo autor londrino Herbert George Wells, que conta a história de uma invasão alienígena que acontece na Terra. O livro virou filme em 1953 e houve uma refilmagem em 2005. Mas décadas antes de os filmes serem produzidos, a história foi transmitida pela estação de rádio Mercury Theater on the air de Orson Welles, que promovia novelas narradas, adaptadas de livros e peças teatrais. No dia 30 de outubro de 1938 houve uma grande histeria e pânico generalizado na população norte-americana que acompanhava as transmissões da rádio. Essas pessoas acreditaram realmente que a Terra estava sendo invadida por alienígenas. Em pouco tempo tudo foi explicado, mas esse episódio deixou bem claro a