Uma abordagem da escuta na musicoterapia
A audição musical tem três funções psicológicas principais para as crianças e jovens: COGNITIVA, EMOCIONAL e SOCIAL. (segundo os estudos de Hargreaves e North)
A função cognitiva está mais relacionada ao aprendizado da musica pelas crianças e adolescentes, como parte do currículo das escolas.
Foi observado que nas escolas as crianças consideram a atividade musical com um caráter muito metódico e sistemático, muitas vezes sem muitos atrativos porque não participam das escolhas dos repertórios, que são definidos exclusivamente pela escola, tendendo esses a serem muito diferentes das musicas que eles escolhem para ouvir.
Por essa razão as crianças declaram gostar menos dessas musicas do que das musicas que ouvem fora da escola e, consequentemente, se envolverem menos com a atividade musical na escola.
Apesar disso grande parte das crianças e adolescentes não rejeitam a atividade musical da escola, por entendê-la como uma atividade didática, com outros objetivos, na qual aprendem a prestarem atenção em outros aspectos importantes da musica, como ritmo, timbre, duração, altura, harmonia, etc.
A função social está relacionada a utilizar a musica para se inserir na sociedade, podendo participar de grupos que ouvem, cantam, ou fazem musica, sejam esses os amigos ou a família.
As funções sociais mais freqüentes da musica são: Regular o Humor, Desenvolver a Identidade e Estabelecer Relações Interpessoais.
A função emocional da musica é extremamente importante para o musicoterapeuta, pois, segundo Sloboda, “a musica tem a capacidade de trazer emoções profundas e significativas, seja através do canto, audição, de tocar ou dançar.”
Além disso, esta também é considerada pelos jovens a função mais utilizada da musica. E eles declaram usar a musica conscientemente para satisfazerem muitas das suas necessidades emocionais sociais tais como:
DESENVOLVER A IDENTIDADE
PASSAR O TEMPO
ALIVIAR O ABORRECIMENTO E A SOLIDÃO
DISTRAIR-SE DE PREOCUPAÇÕES