Um tal falso O

Um tal de falso O? Como assim????

Descoberto em Bombaim, na Índia, onde se verifica a maior expressividade do gene na população. Em síntese, trata-se de um fenômeno epistático raro.
Um gene dominante H é responsável pela produção de uma enzima precursora da produção de antígenos ( aglutinogênios ) A e B. No caso de recessividade “hh”, a enzima não é sintetizada e, consequentemente, não são produzidos os antígenos A e B. Os antígenos A e B são cadeias de açúcares que necessitam ser ativados.
Exemplo:
AA HH – grupo A

AO HH – grupo A

AA hh – falso O

AA Hh – grupo A

AO Hh – grupo A

AO hh – falso O

Vale para B e AB. Se estiverem com o epistático hh, serão “falso O”

O paciente que receber sangue contendo um antígeno que jamais esteve no seu próprio sangue terá uma reação imune. Assim sendo, os indivíduos com o fenótipo de Bombaim podem doar sangue para qualquer membro do sistema ABO (a não ser que outro fator sangüíneo, como o Rh, seja incompatível), mas não podem receber de nenhum membro do sistema ABO (cujo sangue contém sempre um ou mais antígenos A, B e H); somente recebem sangue de indivíduos com o fenótipo de Bombaim.

Então vem a pergunta...

Um casal em que ambos são do grupo O, podem ter uma criança do grupo A? Embora, pelo cruzamento sanguíneo, isto seja impossível, pelo fenótipo Bombaim há possibilidades. Neste caso, uma possibilidade seria um dos pais ser falso O e ter, também, o antígeno A.

Lembre-se:
OO HH, OO Hh e OO hh continuam manifestando fenótipo O.