Um recado para meus pais
Teatro: A HORTA ALEGRE
Os lavradores entram cantando, todas as outras personagens ficam de um lado da cena, esperando sua vez, mas cantam e falam junto um coro.
Lavradores: (Cantam)
Vou levando minha enxada,
Minha pá e meu rastelo.
Vamos juntos trabalhar
No preparo dos canteiros.
Lavrador 1 (fala, movimentando a pá)
A pá que enterro
É mão de ferro
Vira, revira,
Revolve a terra
Marlene: Lavrador 2 (fala movimentando a enxada)
Com uma pancada
A terra é cortada
Na força da enxada
Com ela eu desfaço
Torrões muito escuros,
Desmancho os pedaços
Bem secos, bem duros.
Pedro: Lavrador 3 (fala, movimentando o rastelo)
- Eu trago o rastelo
E enterro na terra
Seus dedos de ferro.
Rasgando, riscando,
Lanhando o canteiro,
Trabalha o rastelo.
Lavrador 1 (fala, movendo a pá)
Do monte de estrume
Aqui ajuntado,
Eu tiro um bocado
E espalho por tudo
Mais firme uma planta do chão se levanta se pomos adubo.
(Os lavradores falam no ritmo, andando, estendo ora o braço direito ora o esquerdo nas silabas marcadas, lançando sementes.)
Lavradores:
Meu canteiro agora está
Com terra fofa e quente
De caminha servirá
Para o sono da semente.
(Os lavradores vão se deitar para dormir. As plantinhas se espalham pela cena e ficam abaixadas. Começam a se erguer devagarinho e vão falando).
Plantinhas:
É noite escura... Que susto!
Muitas folhinhas, mãozinhas, (agitam as mãos) saem dos berços dos brotos.
Chuva que pinga desperta (passa a chuva respingando gotinhas com as mãos)
Outros brotinhos que dormem.
Raios de sol vem vindo. (passa o sol lançando seus raios)
Cada folhinha se aquece,
E plantinha já cresce.
Ervilhas: (Tres crianças que representam a ervilha ficam juntinhas. Quando dizem Clac pulam e se separam)
Nós somos ervilhas bem verdes, bem doces.
Bolinhas juntinhas na mesma caixinha.
Clac!
Cenoura (docemente)
Sou a cenoura,