Sociologia do trabalho
As duas últimas décadas foram períodos de emersão de novas tendências, as quais ensejaram uma extensa reavaliação das teorias da Sociologia do Trabalho. O surgimento do capitalismo econômico e os avanços técnicos científicos não só induziram às sociedades significativas mudanças nos aspectos políticos e socioculturais, como abriram o ciberespaço em nível mundial impactando substancialmente as sociedades.
Essas transformações afetaram nossas vidas de forma que as estruturas e valores tradicionalmente estabelecidos como serem o núcleo familiar e grupos sociais baseados em etnicidade, sexo, localidades estão sendo remodelados e dissolvidos, influenciados pela dinâmica do sistema produtivo que privilegia a abordagem econômica.
As categorias de análise como “identidades”, “estilo de vida” e “movimentos sociais” ganharam preeminência e asseveraram implícitas e ou explicitamente, que o trabalho e a produção perderam sua capacidade estruturar posições sociais, interesses, conflitos e padrões de mudança social.
As tecnologias de informação e comunicação conduziram às sociedades para novas perspectivas e arranjos com referências não mais nos aspectos locais, mas, em nível mundial. Essas implicações levaram ao deslocamento do interesse da Sociologia e o resultado disso tem sido a contínua perda de espaço da Sociologia do Trabalho que tem se limitado ao estudo das novas práticas de gerenciamento de recursos humanos.
Os sistemas produtivos tayloristas e fordistas deixaram de ser modelos supremos de alienação do trabalho, onde os estabelecimentos industriais se computam da aglomeração de grandes contingentes de trabalhadores, com uma detalhada divisão do trabalho e sistemática padronização de tarefas, entretanto, o trabalho continua a serem determinantes das condições de sustento da maioria dos indivíduos que continuam a depender de suas habilidades de trabalho e da venda de seus tempos no