"Um pouco de Bauman, por mim..."
A pós-modernidade está associada a um período de excessos, sejam eles: de mobilidade, demandas, informações e banalizações dos mais diversos sentimentos e experiências, que estão gerando ansiedades constantes no homem pós-moderno. Vemos que os esforços das demandas de segurança não evitaram uma variedade moderna de inseguranças entre todos, pois perdura um medo de todos em relação a todos, eliciando ações defensivas no cotidiano.
Estamos de fato imersos na “era dos temores”. Temos medos que emanam de qualquer coisa. Medos crescentes, em que, todas as situações que nos ameaçam parecem orientadas por poderes que fogem do nosso controle. Resultando em uma fragilidade de vínculos humanos, debilidades de compromissos e valores, sobrecarga de manutenção do estado social, - difundindo a ignorância de que a ameaça paira sobre todos nós-. Assim, o desenvolvimento moderno é basicamente autodestrutivo, pois seus objetivos ficam cada vez mais fora de alcance.
Dessa forma, podemos nitidamente notar que a natureza globalizada, de um mercado sem fronteiras, tem sido a receita para a injustiça e desordem mundial. Ela cumpriu sua missão, e agora todas as sociedades estão completamente e de fato abertas, material e “mentalmente”. Se a ideia de uma sociedade aberta inicialmente significava a autodeterminação de uma sociedade livre, agora ela nos traz a assustadora experiência de uma população heterogênea e vulnerável, amedrontada com a sua incapacidade de defender-se e obcecada com