Um olhar sobre a violência da perspectiva dos direitos humanos: a questão da vítima
Muito se fala a respeito do perfil do criminoso e do infrator de crimes. Logo quando se pensa em violência, a imagem que se tem do infrator é a pessoa pobre, ou seja, dotada de insuficiências sociais e até mesmo psíquicas.
Porém, ultimamente casos de violência, onde os infratores pertencem a alta classe social já se tornou muito comum, não sendo a violência somente ‘privilégio’ dos pobres, conforme expressa a autora do texto, Flávia Schilling.
Todavia não se trata de violência somente aquela acometida por brutalidade e abuso físico; existem ainda as violências ocasionadas pela humilhação, vergonha, discriminação, consideradas como ato de violência psíquica.
Quando ocorre um ato de violência, a sociedade acaba dando grande repercussão à pessoa do criminoso e a seus atos, pouco se fala das vítimas.
Para isto existe o Centro de Referência e apoio a Vitima (CRAVI), um projeto que leva a necessidade de ampararem as pessoas que ficam esquecidas no tempo, as vítimas da violência, dando apoio moral e psíquico aos familiares que perderam algum (uns) de seu (s) membro(s) pelo ato de violência.
O CRAVI, envolve a relação entre a psicologia e o direito, o que é mais conhecido como a psicologia jurídica, para amparar as vítimas que o procura
Esta relação é compreendida como uma complementaridade, tentando solucionar problemas tantos psíquicos como jurídicos, a fim de que a vítima possa sentir que de algum modo a ‘justiça’ está sendo feita, o que nada mais é do que dar a esta uma paz interior.
Muitos procuram o CRAVI, sedentos de buscar a justiça com as próprias mãos e acabam saindo dali com o entendimento de que isto realmente não se faz