Um olhar sobre a civilização indiana
A civilização, no verdadeiro sentido da palavra, não consiste em multiplicar nossas necessidades, mas em reduzi-las voluntariamente, deliberadamente.
(Mahatma Gandhi)
Introdução
Há 65 milhões de anos, quando os vários continentes se formaram, houve o encontro do subcontinente indiano com as terras asiáticas, dando origem à cordilheira dos Himalaias. “O rio Ganges originou-se nos picos nevados e formou um vale fértil. Ali começaram a assentarem-se povos que migravam de toda a Ásia, das estepes e regiões semidesérticas, do norte, leste e oeste” (RIBEIRO, 2003). Ao longo de sua história a Índia foi invadida por vários povos estrangeiros, cada um formando um Império no seu tempo. Essas populações ocuparam todo o subcontinente indiano, estabeleceram-se em locais que lhes pareciam adequado e aprenderam a conviver uns com os outros. A fertilidade do solo foi o grande atrativo para o assentamento sedentário desses povos. Pequenas aldeias indianas eram circundadas por terras agrícolas ou pela atividade pastoril. Finalmente em 1947 a Índia consegue sua independência e os vários povos, com culturas, línguas e costumes distintos unificaram-se em uma república parlamentarista. A diversidade é o lema da nação indiana. A diferença não é apenas respeitada, mas também estimulada. Segundo Ribeiro (2013), tolerância, receptividade e respeito à diferença permitiram aos indianos absorver influências de outras civilizações e incorporá-las à própria cultura, sem se deixar aniquilar e sem esquecer seus antigos valores. O respeito à biodiversidade também caracteriza essa sociedade e tem grande importância na preservação do equilíbrio ecológico. A Índia relacionou sua convivência cultural com a diversidade e biodiversidade. Esse exercício torna-se valioso em um planeta interligado pelas tecnologias da comunicação e sujeito a problemas ecológicos e climáticos globais.
A civilização indiana atravessa milênios, com períodos de ascensão e