UM MESTRE E TANTO
Na década de 90, tínhamos um sistema educacional pós-ditadura, seguido pelo movimento, Diretas Já, um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1983-1984.
Um período marcado pelo pré-construtivismo na aprendizagem escolar.
Durante o curso ginasial, fundamental II hoje em dia, a disciplina de artes musicais começou a fazer parte da grade curricular daquela época.
Meu querido e inesquecível professor Humberto...
Já era idoso no meu tempo, tínhamos como o vovô querido da turma. Sua aula era aguardada por todos. No início do período todos se perguntavam:
- Alguém viu o professor de música chegar à escola hoje?
- O que será que ele trouxe hoje?
Sua aula era ministrada com a apresentação de seus instrumentos musicais que levava para escola: Violino, violão, flauta doce e transversal. Apresentava-nos todo o conteúdo que trazia de suas viagens pelo mundo com cartazes, fotos, livros etc.
Assim despertou com ênfase a curiosidade musical de toda a turma! Não saímos do ginásio tocando algum instrumento, mas sim com os olhos e ouvidos bem abertos para identificar e se fosse do agrado apreciar, por exemplo, o som de um violino.
Nunca esquecerei a posição da mão ao segurar o arco do violino, mesmo nunca a tendo segurado!
O objetivo do Professor Humberto, não era ensinar (adolescentes) as notas musicais ou ler partituras no último ano do ginásio. Era claro, abrir nossos horizontes, estimular nossa criatividade, mostrar que além do conteúdo didático apresentado pelas outras disciplinas, existia uma vastidão de conhecimento para desenvolvermos e associar ao nosso dia-a-dia.
Em minha atuação como futuro professor, gostaria muito estimular e mesclar todo o conteúdo didático oferecido com acontecimentos de tempo real, exemplificando e ilustrando com fatos atuais ou passados historicamente e o cotidiano do aluno.
Pois, tudo o que é relacionado, identificado visualmente ou exemplificado em alguma prática, o