Um grito de justiça
Na Revolução Econômica, o comércio faz surgir a divisão social do trabalho. A divisão entre proprietários e não-proprietários dos meios de produção é bem nítida desde então. Os trabalhadores eram escravizados, principalmente mulheres e crianças que, mesmo cumprindo uma carga horária trabalhada de até 14 e 16 horas por dia, tinham seus salários reduzidos com o pretexto de não possuírem força física suficientes. A mortandade acontecia em grande escala. A mecanização desqualificava o trabalho, o que tendia a reduzir o salário.
Surgem as classes sociais burguesia (proprietários dos meios de produção), e proletariado (força de trabalho). A Nobreza feudal perde seu domínio para a classe economicamente vigente. A Igreja por temer desprestígio do povo e, consequentemente a entrada do Socialismo (doutrina que preconiza a propriedade coletiva dos meios de produção e a organização de uma sociedade sem classes) que diminuiria seu poder, se aliou aos industriais e à burguesia. No filme é clara a doutrina Rerum Novarum da Igreja.
Rerum Novarum é uma encíclica que trata de questões levantadas durante a revolução industrial, e critica as sociedades democráticas no final do século XIX. Apoiava o direito dos trabalhadores formarem sindicatos, mas rejeitava o socialismo e defendia os direitos à propriedade privada. Discutia as relações entre o governo, os negócios, o trabalho e a Igreja.
A história começa a mudar com a chegada de Padre Daens, cuja sensibilidade fê-lo incitar o povo