DAENS, um grito de Justiça

“Daens, um grito de Justiça.”: Análise crítica do ponto de vista sociológico.

O filme: "Daens, um grito de justiça.", retrata o cenário histórico vivido durante a primeira revolução industrial, usando como epicentro das questões sociais abordadas no filme a cidade belga de Aalst. A trama se inicia mostrando as precárias condições de trabalho à que eram submetidos os operários da indústria textil presente em Aalst, e relatando a profunda miséria vivida por estes. Crianças e mulheres trabalhando (Estratégia exploratória usada pelos capitalistas, sobretudo visando o lucro. Já que estes trabalhadores seriam remunerados com uma quantia ainda mais mísera que a que era paga aos operários homens.)... A exaustiva jornada de trabalho de 16 horas diárias... Os constantes acidentes no trabalho, muitas vezes fatais, causados pela exaustão e falta de segurança no exercício das funções (A cena da morte de uma criança durante o trabalho, já exausta, ilustra bem essa questão.)... As multas aplicadas aos trabalhadores sem razão alguma, em valores que chegavam à custar o ganho de vários dias de trabalho... Dentre outras atrocidades.
Como sabemos, nessa época não existia nenhuma legislação ou regulamentação trabalhista. Por menores que fossem, direitos trabalhistas não eram uma realidade. Portanto, a prática da exploração dos operários por parte dos gananciosos capitalistas, era fácilmente facilmente conduzida.

O padre Adolf Daens, recém chegado na cidade, começa a perceber o quão desumana é a situação vivida pela população operária de Aalst. Contra a vontade do cléro e do estado, este passa a advogar pelo povo, que grita sua fome e clama por uma vida melhor.
De início, Daens começa a publicar artigos através do jornal do partido católico, o qual seu irmão era responsável. Estes artigos eram usados para difundir a ideia de consciência da situação vivida pelo lado marginalizado da sociedade, os operários. Com isso Daens semêa uma consciência coletiva de luta por justiça e