Um estudo sobre o prefixo re-

UM ESTUDO SOBRE O PREFIXO RE- NOVO DICIONÁRIO COMPACTO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Bárbara Bomfim Xavier- UESB [e-mail] Leilian França dos Santos - UESB [e-mail]
Luciane Neri Pereira [e-mail]
Savanna Souza de Castro [e-mail]
Jorge Augusto Alves da Silva – UESB (orientador) [e-mail] Valéria Viana Sousa - UESB(orientadora) [e-mail] A teoria linguística denominada como Sociofuncionalismo objetiva verificar como acontece a interação entre os falantes de uma determinada língua, observando o funcionamento da língua em uma condição de uso real. Nesse sentido, para essa concepção linguística, o falante ideal é aquele que, dotado de uma capacidade cognitiva, é capaz de construir a sua gramática a partir das necessidades e habilidades exigidas pela situação de interação a que foi exposto. Os Sociofuncionalistas , observando a língua em funcionamento, reconhecem, assim, que há estruturas linguísticas que, a partir de pressões de uso de ordem cognitiva por parte dos falantes, são utilizadas e rotinizadas e, assim, migram, muitas vezes, de uma função primeira para outras funções. Ancorando-se nesse pressuposto teórico, o Grupo de Pesquisa em Linguística Histórica e o Grupo de Pesquisa em Sociofuncionalismo / CNPq têm realizado estudos sobre itens linguísticos que sofrem deslocamento e ampliação de uso. No presente trabalho, analisamos o prefixo re- como um exemplo produtivo dessa afirmação. Em geral, esse afixo é utilizado, na língua, pelos falantes, com o objetivo de atribuir a um vocábulo o valor de repetição, como em refazer (fazer de novo), reelaborar (elaborar novamente). No entanto, no Góis (1945) apresenta cinco (05) outras acepções para esse prefixo. A saber: a) aumento, intensidade; b) oposição; c) reciprocidade; d) negação; e) lugar interior, e Sousa (2011), por sua vez, acresce a essas acepções três (03) sentidos: a) o sentido de retrocesso; b)