Um estudo sobre o livro “O futuro da democracia” de Norberto Bobbio

Um estudo sobre o livro “O futuro da democracia” de Norberto Bobbio

Aluna: Yasmin Diniz

Este trabalho tem como ideal fornecer a visão que Norberto Bobbio tem em seu livro “O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo”. No livro o autor tem que seu “propósito é pura e simplesmente de fazer algumas observações sobre o estado atual dos regimes democráticos”. Bobbio, citando Hegel, afirma que “o filósofo não se afina com profecias(...)A filosofia ocupa-se daquilo que é eternamente, ou melhor, da razão, e com isso já temos muito o que fazer”, e por isso não tenta adivinhar o futuro.
Esse futuro é muito incerto, pois ele “deriva igualmente do fato de que cada um dos homens desenha no futuro as próprias pretensões e excitações”, e, esses milhões de mentes, atuam diferentemente em atos minúsculos, que torna impossível uma única mente apreender uma visão convincente o suficiente.
Além de seu atual estado, Bobbio se dedica, no livro, a falar das “transformações” do regime democrático. Usar-se-á o termo transformações, que apesar de sua amplitude é o que ele prefere, no lugar do de crise.
Bobbio diz que, apesar de saber que “a democracia não goza de ótima saúde (...) não está á beira do túmulo”. Ele também diz que baseado no fato que há uma onda de comoção em sentido a democracia, estruturas de governo continuam a se mover em direção a ela desde o fim da Segunda Grande Guerra.
Outro motivo para o termo transformação é que o regime democrático é dinâmico, em contrapartida ao despotismo. A democracia variou no decorrer dos tempos. Concebida historicamente como governo dos cidadãos, como poder emanado do povo e para o povo, o seu estado natural é um estar em permanente transformação, é continuamente reinventada, e por assim ser, torna-se evolutiva e qualitativa, porque se ultrapassa.
Essas variações na democracia deram-se por vários motivos. Um deles seria por “promessas não cumpridas”, e com isso o povo acaba por perder as suas ilusões e esperanças, já