Um Dos Principais Pontos Que Nicholas Carr Defende Que
Por Elias Portela
Um dos principais pontos que Nicholas Carr defende é a afirmação das pessoas que com o aumento da potência e da presença da TI, houve também o aumento do seu valor estratégico. Elas estariam erradas. Porque o que torna um recurso realmente estratégico — o que o capacita a servir de base para uma vantagem competitiva sustentada — não seria a sua ubiquidade, mas sua escassez. Só ganharia uma vantagem sobre os rivais aqueles que têm ou faz algo que os outros não têm ou não fazem. Só que as funções básicas da TI; armazenamento, processamento e transporte de dados — estariam disponíveis e acessíveis a todos. Ele diz que é melhor encarar a TI como a mais recente de uma série de tecnologias amplamente adotadas que remodelaram a indústria ao longo dos últimos dois séculos — da locomotiva e da ferrovia ao telégrafo e ao telefone, passando pelo gerador elétrico e pelo motor de combustão interna, todas essas tecnologias abriram oportunidades para que empresas que olhavam à frente ganhassem vantagens reais. Mas à medida que sua disponibilidade cresceu e seu custo diminuiu — à medida que se tornaram onipresentes — transformaram-se em um recurso comoditizado. Do ponto de vista estratégico, tornaram-se invisíveis, perderam a importância. É isso que ocorre hoje com a tecnologia da informação, com profundas implicações para a gestão de TI nas empresas.
Em muitas coisas Carr está certo, porem a informação não pode ser comparado a uma locomotiva, um gerador de eletricidade ou a outros demais mecanismos que a indústria trouxe para a melhoria da sua produtividade. A informação é um bem diferente em seu valor, enquanto um vendedor vende uma mercadoria qualquer, há somente uma mercadoria, que é repassado para aquele que compra. Já a informação e diferente, a informação vendida vira duas, uma para quem repassou e a mesma para aquele que a comprou. Ao comparar a tecnologia da informação como um bem de consumo, ele esquece que a informação é