UM DOCE OLHAR: DO PONTO DE VISTA DA ESTETICA E DO BELO

UM DOCE OLHAR1
DO PONTO DE VISTA DA ESTÉTICA E DO BELO

Livia Ferreira dos Santos 2

Resumo
Este trabalho tem por objetivo trazer algumas impressões do filme Um Doce Olhar, a partir de algumas concepções da estética e do belo, a luz do conhecimento sensível e racional. Para isso apresentarei um breve resumo do filme observando sua história, o cenário e a relação entre os personagens, esta analise terá como base as minhas impressões a respeito do tema, mas também terá como suporte as ideias de alguns pesquisadores da estética e filósofos a exemplo de Gadamer, Platão, bem como alguns críticos de cinema.

Palavras Chaves: estética, belo, arte, racional, sensível

O nome do filme Um Doce Olhar é utilizado como titulo deste trabalho por que o olhar a respeito de uma obra considerada arte, seja pintura, literatura, arquitetura, teatro, filme, dança ou música, varia de acordo com o nosso repertório de vida ou estado de espírito no qual nos encontramos. No entanto o olhar muitas vezes pode ser doce do ponto de vista sensível, mais nem sempre é treinado para enxergar com propriedade. Tendo em vista que o leitor talvez não conheça este filme ou sua história, será apresentado em seguida um breve resumo da obra e as minhas impressões a respeito da estética que se configura nela.
Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2010, Um Doce Olhar, conta a jornada de Yusuf (Bora Altaş) um garoto turco de seis anos que está aprendendo a ler e a escrever e que nas horas vagas ajuda o seu pai Yakup um simples apicultor que guarda as colmeias nas maiores arvores de uma região montanhosa da Turquia.
Quando Yakup parte sem retorno para descobrir por que as abelhas estão sumindo, Yusuf se prepara para viver a sua maior aventura tentando dar algum sentido a sua vida.
O filme co-produzido pela Turquia e pela Alemanha, revela em seus primeiros momentos que é contemplativo e sereno, tendo apenas um instante de perigo e tensão quando yakup sofre um acidente