Um antropologo em marte
Universidade Paulista – UNIP
2º semestre de 2011.
O capítulo “Ver e não ver” do livro “Um Antropólogo em Marte”, de Oliver Sacks, conta a história de Virgil, um homem que após 45 anos de cegueira consegue, através de uma cirurgia, voltar a enxergar.
Virgil, ao nascer, parecia um bebê sem muitos problemas, porém já sofria por ter uma visão fraca. Com 3 anos adquiriu uma meningite, que o deixou praticamente cego.
Virgil, apesar das dificuldades, levava uma vida comum. Mas foi depois de se comprometer com Amy que sua vida mudou.
Intencionada a ajudar Virgil, Amy apresentou-o ao Dr. Scott Hamlin, um oftalmologista disposto a curá-lo da cegueira.
Assim, Virgil é submetido a cirurgias e com muito esforço volta a ver. No entanto, o resultado não foi exatamente o esperado.
Em casos como o de Virgil, no qual se passou tanto tempo (praticamente toda a vida) sem ter noção de profundidade, espaço, cor e forma é difícil apreender tudo de maneira repentina. É preciso treinar os olhos e trabalhar a percepção visual. É como se ele visse mas não enxergasse.
A não decodificação dos objetos vistos por Virgil é chamada Agnosia.
“A Agnósia é uma patologia caracterizada pela deterioração da capacidade de reconhecimento ou identificação de objectos, mantendo-se a função sensorial intacta. Um indivíduo pode manter a acuidade visual normal e não ter capacidade de reconhecer uma caneta, familiares ou a sua própria imagem no espelho.”
Letras, alimentos, objetos, rostos, tudo era novo e merecia total atenção. Muito tempo foi preciso para que Virgil pudesse se adaptar ao novo mundo, ainda assim isso não se deu por completo.
Passado um tempo, entre reajustes e adequações, e como nada é estável, outros problemas trouxeram-lhe a cegueira novamente. Dessa vez, sem nenhuma chance de recuperação.
“Mas aí, paradoxalmente, veio uma libertação, na forma de uma segunda e derradeira