Resenha O caso do pintor daltônico
Oliver Sacks nasceu em Londres, em 1933, é neurologista, pesquisador e professor de neurologia clínica no Albert Einstein College of Medicine em Nova York. É autor de várias obras, entre elas Enxaqueca (1970), Despertando (1974), O homem que confundiu sua mulher com um chapéu (1986) e a obra aqui resenhada, Um antropólogo em Marte.
Em “O caso do pintor daltônico”, Jonathan I é um artista plástico que aos 65 anos após um acidente de carro, torna-se totalmente daltônico. O acidente foi acompanhado por uma amnésia passageira e só no outro dia após o acidente que ele percebeu o que houve. Quando chegou ao seu ateliê viu o boletim de ocorrência e as letras lhe pareciam “grego”, no outro dia ao chegar no ateliê as paredes que estavam cobertas de pinturas coloridas e luminosas, totalmente cinza e esvaziado de cor. Foi muito difícil para o pintor, ele não podia suportar a nova aparência das pessoas “estátuas cinzentas animadas”, passou evitar encontros sociais e a achar impossível uma relação sexual, ficou com nojo dos alimentos “pareciam-lhe repulsivos devido ao seu aspecto cinzento, morto”. O mundo para ele passou a ser como um filme preto-e-branco, mas com os contrastes muito pior, ele não perdeu não somente a percepção das cores, mas acabou perdendo sua memória das cores.
Sr I. tentou voltar a pintar, mas seus quadros ficaram incompreensíveis, uma mistura confusa de cores para olhos normais. Ele pensou que nunca mais poderia pintar, não suportava ir a museus e ver seus quadros preferidos, por parecerem intoleravelmente incorretos, com tons de cinza desbotados. Mas conforme o tempo passava começou a aceitar sua nova realidade e voltou a pintar, inspirado em um nascer do sol que viu certa manhã, que para ele parecia uma enorme explosão nuclear "O sol nasceu como uma bomba, como