uhuhuh
A primeira copa do mundo que minha memória me leva é a de 1978. Não que me lembre de alguma coisa, que vivi, pois toda minha lembrança dessa copa se refere ao que eu já li posteriormente. Mas de ter vivido, lembro do álbum de figurinhas e de copiar as letras, sem saber ler, da capa do álbum.
Em 1978 minha avó já tinha morrido e eu ainda morava em Porto Alegre. Fui expelido do paraíso pouco tempo depois, quando fomos morar alguns milhares de quilômetros longe, em Santos, no litoral sul paulista.
Sempre penso em como seria minha vida se tivesse ficado em Porto Alegre. Queria ter outra vida para fazer tudo diferente, só para ver no que daria. Acredito que todos os caminhos me trariam para onde estou hoje, mas seria interessante viver essa experiência. Por isso que sou fascinado por filmes que falam sobre volta ao passado, máquina do tempo e coisas semelhantes. Como saudosista, gostaria muito não só de voltar no tempo em alguns momentos da minha vida, mas também em épocas que não vivi, como no filme Meia Noite em Paris, de Woody Allen.
Mas voltando às copas, foi em 1982 que acompanhei realmente uma copa do mundo. Aquele time que fazia qualquer amante do futebol brilhar os olhos. Como a de 1970, tri campeão no México, aquela de 82 nunca mais existirá. Muitos dizem que o futebol ‘enfeiou’ porque aquele escrete canarinho, que jogava o “fino da bola” ficou mais conhecida por ser uma seleção perdedora. Telê Santana, o técnico daquela seleção, só perdeu a fama de pé frio quando conseguiu vencer a Libertadores e o Mundial Interclubes com o São Paulo.
Nessa época, logo após a derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, saímos arrasados para a rua e, claro, fomos jogar bola. E todos queriam ser Paolo Rossi e repetir a comemoração de um dos gols, caído e seus companheiros fazendo montinho nele.
Foi minha maior decepção com uma seleção brasileira. Mesmo tendo saído do Brasil desacreditada, a seleção canarinho chegou na Espanha encantando a todos,