ucrania
Mas, o que desencadeou os protestos foi a decisão do presidente Viktor Yanukovych de não assinar um amplo acordo de parceria com a União Europeia, apesar de anos de negociação, para integrar a Ucrânia ao bloco de 28 países.
A decisão foi anunciada em 21 de novembro e causou grande frustração.
Milhares de ucranianos favoráveis à adesão à União Europeia tomaram as ruas da capital. Eles exigiam que o presidente Viktor Yanukovych voltasse atrás na sua decisão e retomasse as negociações com o bloco europeu.
Contudo, o mandatário se recusou e os protestos se intensificaram. Agora, os manifestantes exigem a renúncia de Yanukovych e seu gabinete.
As imagens dos soldados da tropa de choque acabando com um protesto de estudantes e deixando dezenas de feridos apenas aumentou a insatisfação com o presidente e também as multidões na Praça da Independência.
No dia 17 de dezembro Rússia e Ucrânia anunciaram um acordo no qual a Rússia vai comprar títulos do governo ucraniano e diminuir o preço do gás russo vendido para o país.
O acordo parecia ter diminuído a tensão, mas quando uma jornalista partidária foi espancada por um grupo de desconhecidos, os protestos voltaram.
Além da questão da integração com a Europa, acusações de corrupção contra integrantes do atual governo, pró-Rússia, também tem motivado os protestos.
Quem são os manifestantes?
Os três partidos de oposição no Parlamento se juntaram aos protestos.
O ex-campeão de boxe Vitali Klitschko tornou-se uma das caras do movimento. Hoje ele é o líder do movimento Udar (soco, em ucraniano) e possível candidato à presidência em 2015.
A oposição também é formada por uma novidade, os ultranacionalistas, formados após a Revolução Laranja de 2004. O partido de extrema-direita Svoboda (liberdade) é liderado por Oleh Tyahnybok .
O terceiro partido também é parte da extrema-direita. O Bratstvo (irmandande) estaria por trás dos enfrentamentos com a polícia durante os protestos.
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